Há quem pergunte, intimamente. Por qual motivo contratar o
serviço de um detetive? Mesmo a estar em situação de dúvidas em relação a fatos
da vida pessoal ou empresarial ou trabalhista. A pessoa quer o trabalho do
profissional dessa área, mas, por vezes, entende que não precisaria pagar pelos
serviços. O detetive, como todo profissional, atua fundamentado em técnicas,
conhecimentos, que adquire conforme o tempo, ao realizar cursos, participar de
fóruns ou palestras. Isso é investimento. Também precisa ter ciência de
fotografia, filmagem, edição de imagens, informática, equipamentos de
rastreamento. E tudo isso também requer investimento, seja em assistir a
cursos, seja em investir financeiramente para que seja um profissional bem
estruturado, antenado com as tecnologias e formas de investigação.
Esses são alguns motivos pelos quais sou detetive. Somada à
questão de gostar das descobertas, de poder ajudar outras pessoas, do fato de
lidar com tecnologias aliadas ao nosso dia a dia. Para que chegasse nessa condição
de atuar profissionalmente, ainda foram necessárias diversas formalizações em
termos de autorizações para que a carreira pudesse ser desenvolvida de maneira
correta, dentro da lei e ética. Ética é um dos pontos que o detetive
profissional precisa ter a fim de que suas atuações gerem resultados positivos.
A vida de detetive, na cabeça de muita gente, é envolta no
glamour dos filmes, em que quem investiga sempre dá jeito nos casos, sempre tem
uma carta na manga, sempre está bem vestido, limpo, cabelos penteados,
perfumado. Mas a realidade é outra. Existem pessoas que não imaginam o que é
ficar em situação de observação, que a gente chama de campana, por várias
horas, por vezes em lugares afastados, empoeirados, com chuva.
Lugares em que existem perigos, que sejam violentos, com
riscos de quando vou manusear um equipamento de trabalho, como máquina
fotográfica ou filmadora ou um tablet ou mesmo um smartphone. E neste cenário
está lá, o detetive, para cumprir o seu papel, assumido diante um cliente.
Assumido, consequentemente, diante a sociedade. Gosto, amo o que faço. Não
quero glamour, mas traçar planos na minha profissão, de forma que possa ajudar
as pessoas ao desenvolver meu trabalho da melhor forma possível.