quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

A reconstrução de uma história

Dentro do escritório Vanessa remexe em papéis. Decidiu que iria “faxinar” o local, como forma de aproveitar o tempo de um final de tarde e de iniciar novo dia com vários dossiês reagrupados e guardados em novos lugares. Olha no relógio. Nota que um bom tempo passou desde que começou a arrumação. Sente-se cansada. Mas quer mais alterações para seu escritório. Pensa em ir embora. Porém, o telefone toca.

Rapidamente, Vanessa toma o telefone nas mãos. “Alô, pois não, sim, é Vanessa”, responde rapidamente. Do outro lado, a voz de uma mulher. Inquisitiva, a pessoa questiona a detetive sobre seu trabalho e diz precisar de ajuda. Quer encontrar uma pessoa. Vanessa logo explica alguns pontos de como trabalha. Marcam uma entrevista.

Para a hora marcada, no dia seguinte, aparece, pontualmente, Meire. Uma mulher de 35 anos, de fala mansa e que demonstra certo nervosismo. Vanessa procurar deixá-la à vontade, descontraída. A mulher sente segurança. Passa a se abrir. Lentamente vai tecendo sua história. “Tenho um filho de 20 anos. Engravidei de um namorado quando eu tinha 15. A criança nasceu quando eu estava com 16 anos. Era muito insegura” relata Meire. A detetive a escuta atenciosamente.

“Agora, quero, muito, encontrar o pai de meu filho. Saber como ele está”, diz Meire. Ao falar isto, ela abaixa os olhos e uma lágrima escorre pelo seu rosto. Vanessa nota que a mulher muito se emociona ao fazer o relato. “Quer continuar ou prefere parar?”, questiona a detetive. Meire acena com a cabeça positivamente para continuar. Respira fundo. Olha para os lados e retoma a história.

Ela conta para Vanessa que logo após o nascimento do filho, seus pais foram conversar com o rapaz, seu namorado, que se afastara dela. “Sinto este abandono até hoje. Meu filho também sente. Uma vida sem pai não é o melhor para ele”, afirma. Meire diz para a detetive que o namorado não quis assumir a criança. “Ele se calou para os meus pais. Nunca mais me procurou. Meu coração é apertado por causa disto”, balbucia, com mais lágrimas no rosto.

Vanessa questiona se a mulher imagina de por onde esteja o ex-namorado. Ela diz ignorar. A detetive pede nome do homem, alguma foto, lugar antigo de moradia. Pois é para iniciar a apuração do pedido da nova cliente: localizar o ex-namorado, pai do filho dela. Vanessa pede um tempo. A partir daí, passa a levantar dados, cruzar informações sobre a pessoa. Chega a uma descoberta inicial: o homem está a morar fora do Brasil.

A detetive monta um dossiê e marca reunião com Meire. Muito nervosa, imersa em uma expectativa grande, a cliente vai ao encontro de Vanessa, que expõe o que descobriu. Pede uma foto do ex-namorado para Meire, da época em que o romance aconteceu. Compara com imagens recentes e, efetivamente, a pessoa encontrada era o homem que Meire procurava. A detetive entrega o dossiê montado para a cliente, que vai embora.

Passa-se um tempo. Cerca de quatro meses depois desta reunião, Meire reaparece no escritório de Vanessa. Aparentando tranquilidade e um sorriso, ela relata a Vanessa que conseguiu contato com o ex-namorado. Ele ainda mora fora do Brasil. Está sozinho, assim como ela. “Ele adorou ver o filho. Achou muito parecido com ele. Encantou-se com o garoto”. Meire conta que o homem, admirado com o rapaz e tocado no coração, chamou o filho para morar com ele, assim com Meire.

“A gente se vê com frequência pelo Skype. Conversamos muito neste tempo. Procuramos tirar um pouco o atraso desta separação. Ele está só. Eu também. Então veio o convite para formarmos uma família agora. É um final feliz para nossa história. Vamos viver em outro país”. O filho foi para a nova vida e Meire terminava os últimos compromissos do trabalho para também partir para os braços do amor de adolescência, que se transformou no se sua vida.

Com algumas lágrimas no rosto, agora de alegria, Meire diz para Vanessa que ela e o pai de seu filho decidem reatar efetivamente o relacionamento. Afirma para a detetive que pretende encerrar algumas atividades no Brasil e depois viajar para encontrar e morar com o amor de sua vida, de quem havia ficado longe por 20 anos. Meire olha fixamente para Vanessa e a agradece pelo empenho no trabalho realizado. Diz-se muito emocionada por conseguir ter um recomeço para sua vida, isto graças a Vanessa.


Meire agradece de novo e vai embora. A detetive também se emociona. Afinal, somos todos humanos e quem não fica contente em ajudar uma pessoa, ainda mais para a formação de uma família? Trancada em seu escritório, Vanessa se lembra de casos em que atuou e que tinham como enredo a traição e o fim de uma família. Desta vez, foi o inverso. Foi a construção de uma família. O mundo gira. E capítulos da vida podem ser retomados. Basta querer.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Traição mostra nova vida para Tânia

Tânia é uma mulher tranquila, casada faz alguns anos, que mora em Campinas, interior do Estado de São Paulo. Apesar da vida corrida, leva uma vida centrada na família, no marido que ama e por ele faz tudo. Eis que, entretanto, em certo período, a vida de Tânia começa a modificar e ela sente isto. Exatamente por parte do marido. Ela o sente afastado, acanhado, a chegar mais tarde em casa e a não demonstrar interesse por conversar. Com uma situação que considerava ruim, Tânia decide tirar dúvidas. Procura, pesquisa. E chega ao contato da detetive Vanessa.

Acostumada a efetuar trabalhos em vários setores, como conjugal, Vanessa recebe o primeiro contato de Tânia. A mulher, demonstrando muita tensão e cheia de dúvidas, marca um horário com Vanessa. A detetive a recebe. Sentam-se em uma mesa e passam a conversar. Vanessa ouve o relato, com profunda atenção. Olha de um lado para outro. Observa as atitudes de Tânia, como posição das mãos, olhar e movimentos dos pés. A detetive sabe “que o corpo fala”.

Após extensa entrevista, Vanessa sente que a mulher quer celeridade, quer que a apuração seja rápida. Ela, entretanto, explica para Tânia que o trabalho de investigação não é nada cartorário, ou seja, que se marca hora e dia para que ocorra. “Tudo depende das circunstâncias do investigado. Da chance de o flagrar e produzir provas. Tânia diz que entende e sinaliza com a realização do serviço.

Vanessa prepara um plano de atuação para o caso. Munida com câmeras fotográficas e de gravações, carro, levantamento de locais possíveis a serem frequentados pelo marido de Tânia. Espera o momento do “tiro certeiro”. Eis que em um final de manhã, surge a oportunidade. A detetive descobre que o marido de Tânia está em certo local, por meio de rastreamento.

A detetive vai para o local apontado pelo equipamento. Um motel em uma região não muito distante do Centro da cidade. Ela monta campana. E consegue as imagens. O homem a se encontrar com uma mulher, mais jovem. Fotos de os dois a trocar carícias. Olhares, sorrisos. Dentro de um carro e depois ao entrarem no motel.

Com o material levantado, Vanessa faz contato com Tânia. Pede que compareça para uma reunião. Então, apresenta para a mulher as imagens. “A cliente desmoronou. Por mais que duvidasse da traição, era dúvida. Quando se transformou em realidade, veio a queda emocional”, pensa Vanessa ao olhá-la. Fim de trabalho.

Passado certo tempo, Vanessa recebe uma visita inesperada. É Tânia. Com semblante mudado em relação àquela cliente que, tempos atrás, deixara uma reunião. A mulher, então, passa a relatar a transformação em sua vida, que atribui a Vanessa, que muito a ajudou a esclarecer pontos de um casamento que já tinha naufragado e ela não enxergava. Mais uma mudança, ainda maior: Tânia estava com novo relacionamento amoroso. Desta vez com uma mulher.


Tânia explica que a desilusão com o marido passou e que encontrou em uma mulher o novo amor. Após o agradecimento a Vanessa, a mulher vai embora. E Vanessa fica a pensar de como é importante desenvolver um trabalho sério e bem feito, que pode transformar a vida de uma pessoa.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Tortura do silêncio

Muita gente não imagina o quanto uma história mal resolvida pode durar e perturbar uma vida. E toda essa situação poderia ser evitada ou, pelo menos, explicada, caso houvesse a atuação de uma pessoa que soubesse apurar fatos e compor provas. Como tendo em ação um detetive particular. Senão, vejamos...

Uma vida de tortura e tensão. Desta forma se vê Isabella, adolescente de 17 anos, que mora com os pais e que, com o passar do tempo, vem a ser alvo de assédios por parte do cunhado. Fábio é casado com a irmã mais velha de Isabella, Regina. Ele tem uns 10 anos a mais que Isabella, porém não se acanha em correr com os olhos o corpo da adolescente e, por vezes, “fechá-la” quando tem a oportunidade de ficar a sós com ela.

Isabella se vê incomodada com as abordagens de Fábio, que ocorrem dentro da casa dela mesmo. Em reuniões familiares, ele fica a observar a adolescente. Quando ela se afasta dos pais, como ao ir ao banheiro, ele a segue e para diante da porta do lavabo. Estica as mãos, colocando-as nos batentes da porta e dirige o rosto em direção à Isabella, a demonstrar total intenção de arrancar um beijo dela.

Eis que o tempo passa. Isabella se acanha cada vez mais. Procura evitar as reuniões familiares e com amigos, pois Fábio está presente com frequência. Ela teme o assédio. Tem receio que sua irmã veja o marido perto dela e não entenda a situação. Isabella chega a ficar nesta situação por seis meses. Uma depressão forte a acomete. Sua mãe repara na mudança de comportamento. Procura descobrir o que ocorre, mas a moça fica calada. Tem medo de destruir o casamento de sua irmã.

Passam-se três anos e os olhares de Fábio para Isabella não cessam, apesar de ela evitar, ao máximo, o contato com ele. Isabella casa-se então. Ela imagina que seja o fim daquele pesadelo. Ledo engano. Houve uma refreada, mas o assédio continua. Mesmo com Isabella casada. Agora, com medo de atrapalhar o casamento de sua irmã e seu próprio, Isabella permanece se torturando com o silêncio.

Até que, após insistências cada vez maiores de Fábio, Isabella pede ajuda a seu pai. Faz um plano de flagrar a atitude do cunhado. O pai aceita. Faz fotos de Fábio parado em frente da porta de um banheiro, a bloquear a passagem de Isabella. A moça pensa ser o fim da tortura. Mas não. Apenas mais um capítulo.

Ao apresentar as provas – fotos – sua irmã não acredita. O cunhado reverte a história. Diz que ele era assediado. Um mal-estar cai sobre a família. Isabella em meio ao turbilhão, após 16 anos, tem o final de seu casamento. Fica sem falar com sua irmã e ainda Fábio sai ileso das investidas. Hoje Isabella reconstrói sua vida. Com o fim do casamento, fica a relembrar a tortura psicológica a que foi submetida. Tenta continuar seu dia a dia, mas ainda com o fantasma de 25 anos em sua mente.


E como seria se Isabella tivesse buscado uma ajuda externa, como a contratação de um detetive particular. Com uma apuração feita por um detetive, Isabella poderia chegar para a irmã com provas obtidas mediante uma investigação profissional, que reduziria a desconfiança da irmã com relação à denúncia. Pois para a irmã, as fotos realizadas de seu marido poderiam ter sido forjadas por Isabella, que era pessoa diretamente envolvida no caso. 

A ação do detetive seria importante também pois poderia, inclusive, verificar se o cunhado de Isabella não faria o mesmo (assédio) com outra mulheres, desta feita longe o bastante da esposa. A tortura poderia ter ocorrido, mas também revertida ao se desmascarar Fábio, o que não ocorreu completamente.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Nasce um blog, concretiza-se um sonho

Um sonho que há tempos permeia minha cabeça começo a transformar em realidade. A criação de um blog. Finalmente o projeto se tornou realidade com "A detetive em ação". O nome do blog tem a ver com a minha profissão mesmo. Espero ter chances de mostrar várias histórias nele.

Em alguns darei dicas de como se portar quando diante de um cenário de dúvida e que necessite de uma apuração para se tirar dúvidas do que vivencia ou mesmo para provar o que uma pessoa diz e que, por vezes, não dão credibilidade a ela.

As histórias versarão sobre fatos que tenha vivenciado ou mesmo tido informação sobre eles e, por entender serem casos que despertaram atenção, pensei destacá-los. É importante deixar claro que os enredos de histórias a serem desenhadas no blog poderão ter por base casos reais, porém, sempre com características alteradas, por conta de garantir a impossibilidade de identificação. No mesmo caminho, as personagens terão nomes fictícios sempre. Apenas minha identidade não será alterada.

Então, agora é o momento de ir em frente e garantir um bom passatempo para os internautas. Também que as histórias sirvam de alerta e orientação sobre o que vivemos em nosso dia a dia e da necessidade de se acionar um profissional da área de investigação particular para agir.

Quem desejar um contato pode usar o e-mail detetive_vanessa@outlook.com ou pelo telefone 19-3304-3639.