segunda-feira, 30 de agosto de 2021

ENCONTROS SECRETOS

 

O trabalho de Detetive, para ser desenvolvido, requer técnicas, tenacidade, boa observação e o famoso insight (aquele chamado sexto sentido). Nesse caso específico, a Detetive contou, e muito, com a intuição para resolver a investigação, de forma completa e eficiente.

Contratada para apurar uma suspeita de traição em casamento, a Detetive, inicialmente, juntou várias características do homem, que era alvo da suspeita, como forma de desenhar um cenário para sua atuação. Vanessa sabia que seria preponderante entender, inclusive, a forma de pensar do investigado, como forma de delimitar suas ações na investigação.

“Por onde o homem se valeria para a sua suposta traição não ser descoberta, passar despercebido, como um fantasma?”, indagou Vanessa. A Detetive, valendo-se de experiências em outros casos do gênero, não hesitou. “Encontros secretos em outra cidade seriam fator tranquilizador para ele", mentalizou Vanessa.

Com esse pensamento, ela se valeu do cruzamento de diversas informações pessoais do suspeito e chegou a um ponto: o marido marcara uma viagem para São Paulo, com roupagem de tratar de negócios. A Detetive, então, obteve dados minuciosos da viagem. E também rumou para essa cidade.

De posse da localização de hospedagem do homem, Vanessa passou a acompanhar as ações dele no hotel. A reserva para o local era individual para o homem. “Podem ser tratativas de negócios mesmo", chegou a imaginar a investigadora, que logo soterrou essa hipótese,  ao perceber nuances de intimidade entre o investigado e uma mulher, com quem se reunira no hotel, para conversar.

Para a Detetive, o fato de o homem estar em uma cidade fora de seu município onde residia com a esposa, favorecia um conforto para seu encontro extraconjugal. A ponto de em público  no hall do hotel demonstrar descontração com a mulher, que depois se descobriu ser de outro município também. A Detetive obteve fotos e filmagens, como forma de embasar sua investigação.

Vanessa, mediante rigorosa apuração, ainda levantou mais dados concernentes ao homem investigado no local de hospedagem. Ela, inclusive, determinou qual era o veículo dele, que estava na garagem hotel. Com feeling aguçado, a Detetive se dedicou a fazer uma varredura nessa garagem e, dentre diversos veículos, um lhe despertou a atenção.

Com insight da profissão, somada a sua característica peculiar de total atenção, Vanessa anotou a placa de um carro que estava perto de veículo do investigado. Com base neste automóvel, Vanessa chegou à proprietária e, com cruzamento de uma série de informações,  inclusive imagens registradas anteriormente, chegou à moça que acompanhava o homem.

Consequentemente, a Detetive identificou a mulher. A Detetive encerrou a investigação, com todas as provas materiais do caso extraconjugal e ainda a identificação da mulher. Também obteve êxito em comprovar a tática usada para aquele encontro extraconjugal: os envolvidos se hospedaram no mesmo hotel, mas em quartos separados, para despistar que estavam juntos. Mais um caso repleto de apurações, com muita determinação e eficiência.

 

domingo, 15 de maio de 2016

Realidade e dor, paixão e traição

Viver com a verdade é bom. Mesmo que doa. Esse é um pensamento que pode nortear a cabeça da gente. Uma das piores situações da vida, em minha concepção, é a dúvida, pois aperta o coração e a mente. Aperta emocional e o racional. E ainda pode originar transtornos intensos. Melhor evitá-los que buscar a paz em um monte de medicamentos que, por sua vez, remetem as pessoas para um mundo de ilusão. Assim, para ter a verdade, para se buscá-la, um grande passo é ter parceria. E isto pode ocorrer em casos passionais, com a contratação de um detetive para apurar o que ocorre e relatar em seguida. Desta forma, tem-se o racional acima do emocional e pode se tornar menos traumática a descoberta da verdade.

Uma situação é relacionada a um caso de namorados. Um rapaz muito apaixonado por Camila. Curtiam-se muito. Estavam sempre juntos. Ele sentia que a sufocava, que tirava um tanto da liberdade dela. Mas “se acertavam” no sexo. Após certo tempo, resolveram morar juntos. Por quatro anos, tudo às mil maravilhas. Na chegada do sétimo aniversário de “casamento” veio a crise. Até não foi mal-interpretada, pois no dia a dia sempre se fala que o ano sete é o de crise, mesmo.

Durante esse período, Camila faz uma nova amizade. Ela passa a sair bastante com a moça. Deixa o namorado de lado. Isso o irrita. Ele começa a desconfiar de algo na mudança de comportamento da amada. Mas não procura ajudar para sanar a dúvida. E começar a saná-la da pior maneira possível: ao ouvir relatos de pessoas fora da relação. O namorado de uma amiga conta ao rapaz que Camila o tentou, quis ficar com ele, mas não aceitou. Essa atitude de Camila foi enquanto namorava.

O rapaz, bastante nervoso e desesperado, passa os dias angustiados, pois passa a ver Camila menos. Ela passa a ficar na casa a nova amiga. Até que ele descobre que estava a ser trocada pela amiga da namorada. Desesperado ainda mais, o rapaz ao saber de tudo vai para casa. Tranca-se no quarto, isola-se do mundo. Chora. Até criar a coragem para tentar falar com Camila. Pelo telefone, é descartado. Ela nada mais quer com ele.


Assim caso quando as primeiras mudanças de comportamento  de Camila começaram a ser notadas, se o rapaz tivesse buscado investigar o que ocorria, por certo seria menos traumático o final do relacionamento. Para isso, era solicitar a atuação de um detetive, que disporia de técnicas de apuração que poderiam levar à descoberta do novo romance de Camila. Situação seria mais clara e recebida, por vezes, com menor dor.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Glamour trocado pela ética e técnica

Há quem pergunte, intimamente. Por qual motivo contratar o serviço de um detetive? Mesmo a estar em situação de dúvidas em relação a fatos da vida pessoal ou empresarial ou trabalhista. A pessoa quer o trabalho do profissional dessa área, mas, por vezes, entende que não precisaria pagar pelos serviços. O detetive, como todo profissional, atua fundamentado em técnicas, conhecimentos, que adquire conforme o tempo, ao realizar cursos, participar de fóruns ou palestras. Isso é investimento. Também precisa ter ciência de fotografia, filmagem, edição de imagens, informática, equipamentos de rastreamento. E tudo isso também requer investimento, seja em assistir a cursos, seja em investir financeiramente para que seja um profissional bem estruturado, antenado com as tecnologias e formas de investigação.

Esses são alguns motivos pelos quais sou detetive. Somada à questão de gostar das descobertas, de poder ajudar outras pessoas, do fato de lidar com tecnologias aliadas ao nosso dia a dia. Para que chegasse nessa condição de atuar profissionalmente, ainda foram necessárias diversas formalizações em termos de autorizações para que a carreira pudesse ser desenvolvida de maneira correta, dentro da lei e ética. Ética é um dos pontos que o detetive profissional precisa ter a fim de que suas atuações gerem resultados positivos.

A vida de detetive, na cabeça de muita gente, é envolta no glamour dos filmes, em que quem investiga sempre dá jeito nos casos, sempre tem uma carta na manga, sempre está bem vestido, limpo, cabelos penteados, perfumado. Mas a realidade é outra. Existem pessoas que não imaginam o que é ficar em situação de observação, que a gente chama de campana, por várias horas, por vezes em lugares afastados, empoeirados, com chuva.


Lugares em que existem perigos, que sejam violentos, com riscos de quando vou manusear um equipamento de trabalho, como máquina fotográfica ou filmadora ou um tablet ou mesmo um smartphone. E neste cenário está lá, o detetive, para cumprir o seu papel, assumido diante um cliente. Assumido, consequentemente, diante a sociedade. Gosto, amo o que faço. Não quero glamour, mas traçar planos na minha profissão, de forma que possa ajudar as pessoas ao desenvolver meu trabalho da melhor forma possível.

quarta-feira, 2 de março de 2016

Amparando a traição

Existem momentos em nossas vidas em que por mais inesperada que uma situação seja, acaba por se concretizar. Foi isto que ocorreu com uma mulher, de 28 anos, durante amizade, forte, que mantinha com uma moça, de 23 anos. Entre visitas e permanências em casas de cidades diferentes, a amizade se solidificou muito, com trocas de ideias e também de confidências. Porém, o cenário começou a se alterar e Nádia, de 28 anos, decidiu procurar uma ajuda profissional, de detetive, para tirar algumas dúvidas que passaram a nortear sua cabeça.

Era fim de tarde e a detetive Vanessa já pensava no dia seguinte, quando Nádia foi a seu escritório. De pronto, a detetive a atendeu, puxou uma cadeira e ficou frente à frente com a mulher. “Pois não, pode falar, por favor”, disse Vanessa, com voz baixa, mas firme, de forma a demonstrar segurança. Passa, então, a ouvir o relato. Nádia conta que mora em Santos e que por três anos manteve uma amizade forte com Mary, a ponto de a amiga ir duas vezes por anos até sua casa. Mary era de Santa Catarina.

Nádia conta para Vanessa que era casada, com três filhos, e estava grávida pela quarta vez. Também sentia que seu marido mudava o comportamento com ela. Vanessa explica que a investigação pode ocorrer. “Você precisa me passar vários detalhes, para que juntamente com os dados que vou levantar, eu possa lhe entregar um relatório com observações”, explica a detetive. Nádia fecha o serviço e Vanessa passa a cruzar diversas informações.

Neste tempo, Nádia já contara para Mary, em carta, sobre a nova gravidez, e a amiga foi para Santos para visita. Quando viajava, ficava vários dias. Ela chega na casa de Nádia com um dos braços enfaixado, o que desperta curiosidade e preocupação na amiga. Mary conta que se cortou, tentou suicídio por causa de um namorado, mas sem mais detalhes.

Diante da história, Nádia passa a acompanhar os movimentos da amiga. Ao mesmo tempo, sente seu marido cada vez mais distante, frio, sem interesse em ficar com ela. Durante uma noite, na cama, quando mantinham relação sexual, ele dispara: “Ma..Nádia...”. A mulher fica intrigada.
Bastante cheia de dúvidas, ela conversa com Vanessa. Durante entrevista, vem à tona o que menos podia esperar: seu marido tinha um caso com Mary. Ele a estava traindo com a melhor amiga dela. Nádia estava “amparando uma traidora”. Desconcertada com a suspeita, apontada pela detetive em função do que o homem disse na cama e por outras ações desenvolvidas para levantamento de dados, Nádia agradece a detetive e vai para casa.

Chegando lá, encontra a amiga trancada no banheiro. Fato que havia se tornado frequente. Nádia se lembra que Mary se distanciara dela, pouco falava e procurava não olhar muito nos olhos dela. Daí se trancar também no banheiro. Nádia consegue entrar no local e vê a mulher na tentativa de efetuar cortes bem em cima de onde já existiam pontos originados da tentativa de suicídio que Mary contara.

A partir desta data, sempre muito desconfiada, Nádia ficou a observar os passos da amiga dentro de casa, até a data do retorno dela para Santa Catarina. A cliente de Vanessa ainda explicou para a detetive que apesar da descoberta de traição, ficaria com o marido, por causa dos filhos. Foi o que fez. Agradeceu Vanessa pelo trabalho desenvolvido e continuou sua vida, sem tirar da mente a traição e sem querer mais contato com Mary.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

A reconstrução de uma história

Dentro do escritório Vanessa remexe em papéis. Decidiu que iria “faxinar” o local, como forma de aproveitar o tempo de um final de tarde e de iniciar novo dia com vários dossiês reagrupados e guardados em novos lugares. Olha no relógio. Nota que um bom tempo passou desde que começou a arrumação. Sente-se cansada. Mas quer mais alterações para seu escritório. Pensa em ir embora. Porém, o telefone toca.

Rapidamente, Vanessa toma o telefone nas mãos. “Alô, pois não, sim, é Vanessa”, responde rapidamente. Do outro lado, a voz de uma mulher. Inquisitiva, a pessoa questiona a detetive sobre seu trabalho e diz precisar de ajuda. Quer encontrar uma pessoa. Vanessa logo explica alguns pontos de como trabalha. Marcam uma entrevista.

Para a hora marcada, no dia seguinte, aparece, pontualmente, Meire. Uma mulher de 35 anos, de fala mansa e que demonstra certo nervosismo. Vanessa procurar deixá-la à vontade, descontraída. A mulher sente segurança. Passa a se abrir. Lentamente vai tecendo sua história. “Tenho um filho de 20 anos. Engravidei de um namorado quando eu tinha 15. A criança nasceu quando eu estava com 16 anos. Era muito insegura” relata Meire. A detetive a escuta atenciosamente.

“Agora, quero, muito, encontrar o pai de meu filho. Saber como ele está”, diz Meire. Ao falar isto, ela abaixa os olhos e uma lágrima escorre pelo seu rosto. Vanessa nota que a mulher muito se emociona ao fazer o relato. “Quer continuar ou prefere parar?”, questiona a detetive. Meire acena com a cabeça positivamente para continuar. Respira fundo. Olha para os lados e retoma a história.

Ela conta para Vanessa que logo após o nascimento do filho, seus pais foram conversar com o rapaz, seu namorado, que se afastara dela. “Sinto este abandono até hoje. Meu filho também sente. Uma vida sem pai não é o melhor para ele”, afirma. Meire diz para a detetive que o namorado não quis assumir a criança. “Ele se calou para os meus pais. Nunca mais me procurou. Meu coração é apertado por causa disto”, balbucia, com mais lágrimas no rosto.

Vanessa questiona se a mulher imagina de por onde esteja o ex-namorado. Ela diz ignorar. A detetive pede nome do homem, alguma foto, lugar antigo de moradia. Pois é para iniciar a apuração do pedido da nova cliente: localizar o ex-namorado, pai do filho dela. Vanessa pede um tempo. A partir daí, passa a levantar dados, cruzar informações sobre a pessoa. Chega a uma descoberta inicial: o homem está a morar fora do Brasil.

A detetive monta um dossiê e marca reunião com Meire. Muito nervosa, imersa em uma expectativa grande, a cliente vai ao encontro de Vanessa, que expõe o que descobriu. Pede uma foto do ex-namorado para Meire, da época em que o romance aconteceu. Compara com imagens recentes e, efetivamente, a pessoa encontrada era o homem que Meire procurava. A detetive entrega o dossiê montado para a cliente, que vai embora.

Passa-se um tempo. Cerca de quatro meses depois desta reunião, Meire reaparece no escritório de Vanessa. Aparentando tranquilidade e um sorriso, ela relata a Vanessa que conseguiu contato com o ex-namorado. Ele ainda mora fora do Brasil. Está sozinho, assim como ela. “Ele adorou ver o filho. Achou muito parecido com ele. Encantou-se com o garoto”. Meire conta que o homem, admirado com o rapaz e tocado no coração, chamou o filho para morar com ele, assim com Meire.

“A gente se vê com frequência pelo Skype. Conversamos muito neste tempo. Procuramos tirar um pouco o atraso desta separação. Ele está só. Eu também. Então veio o convite para formarmos uma família agora. É um final feliz para nossa história. Vamos viver em outro país”. O filho foi para a nova vida e Meire terminava os últimos compromissos do trabalho para também partir para os braços do amor de adolescência, que se transformou no se sua vida.

Com algumas lágrimas no rosto, agora de alegria, Meire diz para Vanessa que ela e o pai de seu filho decidem reatar efetivamente o relacionamento. Afirma para a detetive que pretende encerrar algumas atividades no Brasil e depois viajar para encontrar e morar com o amor de sua vida, de quem havia ficado longe por 20 anos. Meire olha fixamente para Vanessa e a agradece pelo empenho no trabalho realizado. Diz-se muito emocionada por conseguir ter um recomeço para sua vida, isto graças a Vanessa.


Meire agradece de novo e vai embora. A detetive também se emociona. Afinal, somos todos humanos e quem não fica contente em ajudar uma pessoa, ainda mais para a formação de uma família? Trancada em seu escritório, Vanessa se lembra de casos em que atuou e que tinham como enredo a traição e o fim de uma família. Desta vez, foi o inverso. Foi a construção de uma família. O mundo gira. E capítulos da vida podem ser retomados. Basta querer.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Traição mostra nova vida para Tânia

Tânia é uma mulher tranquila, casada faz alguns anos, que mora em Campinas, interior do Estado de São Paulo. Apesar da vida corrida, leva uma vida centrada na família, no marido que ama e por ele faz tudo. Eis que, entretanto, em certo período, a vida de Tânia começa a modificar e ela sente isto. Exatamente por parte do marido. Ela o sente afastado, acanhado, a chegar mais tarde em casa e a não demonstrar interesse por conversar. Com uma situação que considerava ruim, Tânia decide tirar dúvidas. Procura, pesquisa. E chega ao contato da detetive Vanessa.

Acostumada a efetuar trabalhos em vários setores, como conjugal, Vanessa recebe o primeiro contato de Tânia. A mulher, demonstrando muita tensão e cheia de dúvidas, marca um horário com Vanessa. A detetive a recebe. Sentam-se em uma mesa e passam a conversar. Vanessa ouve o relato, com profunda atenção. Olha de um lado para outro. Observa as atitudes de Tânia, como posição das mãos, olhar e movimentos dos pés. A detetive sabe “que o corpo fala”.

Após extensa entrevista, Vanessa sente que a mulher quer celeridade, quer que a apuração seja rápida. Ela, entretanto, explica para Tânia que o trabalho de investigação não é nada cartorário, ou seja, que se marca hora e dia para que ocorra. “Tudo depende das circunstâncias do investigado. Da chance de o flagrar e produzir provas. Tânia diz que entende e sinaliza com a realização do serviço.

Vanessa prepara um plano de atuação para o caso. Munida com câmeras fotográficas e de gravações, carro, levantamento de locais possíveis a serem frequentados pelo marido de Tânia. Espera o momento do “tiro certeiro”. Eis que em um final de manhã, surge a oportunidade. A detetive descobre que o marido de Tânia está em certo local, por meio de rastreamento.

A detetive vai para o local apontado pelo equipamento. Um motel em uma região não muito distante do Centro da cidade. Ela monta campana. E consegue as imagens. O homem a se encontrar com uma mulher, mais jovem. Fotos de os dois a trocar carícias. Olhares, sorrisos. Dentro de um carro e depois ao entrarem no motel.

Com o material levantado, Vanessa faz contato com Tânia. Pede que compareça para uma reunião. Então, apresenta para a mulher as imagens. “A cliente desmoronou. Por mais que duvidasse da traição, era dúvida. Quando se transformou em realidade, veio a queda emocional”, pensa Vanessa ao olhá-la. Fim de trabalho.

Passado certo tempo, Vanessa recebe uma visita inesperada. É Tânia. Com semblante mudado em relação àquela cliente que, tempos atrás, deixara uma reunião. A mulher, então, passa a relatar a transformação em sua vida, que atribui a Vanessa, que muito a ajudou a esclarecer pontos de um casamento que já tinha naufragado e ela não enxergava. Mais uma mudança, ainda maior: Tânia estava com novo relacionamento amoroso. Desta vez com uma mulher.


Tânia explica que a desilusão com o marido passou e que encontrou em uma mulher o novo amor. Após o agradecimento a Vanessa, a mulher vai embora. E Vanessa fica a pensar de como é importante desenvolver um trabalho sério e bem feito, que pode transformar a vida de uma pessoa.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Tortura do silêncio

Muita gente não imagina o quanto uma história mal resolvida pode durar e perturbar uma vida. E toda essa situação poderia ser evitada ou, pelo menos, explicada, caso houvesse a atuação de uma pessoa que soubesse apurar fatos e compor provas. Como tendo em ação um detetive particular. Senão, vejamos...

Uma vida de tortura e tensão. Desta forma se vê Isabella, adolescente de 17 anos, que mora com os pais e que, com o passar do tempo, vem a ser alvo de assédios por parte do cunhado. Fábio é casado com a irmã mais velha de Isabella, Regina. Ele tem uns 10 anos a mais que Isabella, porém não se acanha em correr com os olhos o corpo da adolescente e, por vezes, “fechá-la” quando tem a oportunidade de ficar a sós com ela.

Isabella se vê incomodada com as abordagens de Fábio, que ocorrem dentro da casa dela mesmo. Em reuniões familiares, ele fica a observar a adolescente. Quando ela se afasta dos pais, como ao ir ao banheiro, ele a segue e para diante da porta do lavabo. Estica as mãos, colocando-as nos batentes da porta e dirige o rosto em direção à Isabella, a demonstrar total intenção de arrancar um beijo dela.

Eis que o tempo passa. Isabella se acanha cada vez mais. Procura evitar as reuniões familiares e com amigos, pois Fábio está presente com frequência. Ela teme o assédio. Tem receio que sua irmã veja o marido perto dela e não entenda a situação. Isabella chega a ficar nesta situação por seis meses. Uma depressão forte a acomete. Sua mãe repara na mudança de comportamento. Procura descobrir o que ocorre, mas a moça fica calada. Tem medo de destruir o casamento de sua irmã.

Passam-se três anos e os olhares de Fábio para Isabella não cessam, apesar de ela evitar, ao máximo, o contato com ele. Isabella casa-se então. Ela imagina que seja o fim daquele pesadelo. Ledo engano. Houve uma refreada, mas o assédio continua. Mesmo com Isabella casada. Agora, com medo de atrapalhar o casamento de sua irmã e seu próprio, Isabella permanece se torturando com o silêncio.

Até que, após insistências cada vez maiores de Fábio, Isabella pede ajuda a seu pai. Faz um plano de flagrar a atitude do cunhado. O pai aceita. Faz fotos de Fábio parado em frente da porta de um banheiro, a bloquear a passagem de Isabella. A moça pensa ser o fim da tortura. Mas não. Apenas mais um capítulo.

Ao apresentar as provas – fotos – sua irmã não acredita. O cunhado reverte a história. Diz que ele era assediado. Um mal-estar cai sobre a família. Isabella em meio ao turbilhão, após 16 anos, tem o final de seu casamento. Fica sem falar com sua irmã e ainda Fábio sai ileso das investidas. Hoje Isabella reconstrói sua vida. Com o fim do casamento, fica a relembrar a tortura psicológica a que foi submetida. Tenta continuar seu dia a dia, mas ainda com o fantasma de 25 anos em sua mente.


E como seria se Isabella tivesse buscado uma ajuda externa, como a contratação de um detetive particular. Com uma apuração feita por um detetive, Isabella poderia chegar para a irmã com provas obtidas mediante uma investigação profissional, que reduziria a desconfiança da irmã com relação à denúncia. Pois para a irmã, as fotos realizadas de seu marido poderiam ter sido forjadas por Isabella, que era pessoa diretamente envolvida no caso. 

A ação do detetive seria importante também pois poderia, inclusive, verificar se o cunhado de Isabella não faria o mesmo (assédio) com outra mulheres, desta feita longe o bastante da esposa. A tortura poderia ter ocorrido, mas também revertida ao se desmascarar Fábio, o que não ocorreu completamente.