Tânia é uma mulher tranquila, casada faz alguns anos, que
mora em Campinas, interior do Estado de São Paulo. Apesar da vida corrida, leva
uma vida centrada na família, no marido que ama e por ele faz tudo. Eis que,
entretanto, em certo período, a vida de Tânia começa a modificar e ela sente
isto. Exatamente por parte do marido. Ela o sente afastado, acanhado, a chegar
mais tarde em casa e a não demonstrar interesse por conversar. Com uma situação
que considerava ruim, Tânia decide tirar dúvidas. Procura, pesquisa. E chega ao
contato da detetive Vanessa.
Acostumada a efetuar trabalhos em vários setores, como
conjugal, Vanessa recebe o primeiro contato de Tânia. A mulher, demonstrando
muita tensão e cheia de dúvidas, marca um horário com Vanessa. A detetive a recebe.
Sentam-se em uma mesa e passam a conversar. Vanessa ouve o relato, com profunda
atenção. Olha de um lado para outro. Observa as atitudes de Tânia, como posição
das mãos, olhar e movimentos dos pés. A detetive sabe “que o corpo fala”.
Após extensa entrevista, Vanessa sente que a mulher quer
celeridade, quer que a apuração seja rápida. Ela, entretanto, explica para
Tânia que o trabalho de investigação não é nada cartorário, ou seja, que se
marca hora e dia para que ocorra. “Tudo depende das circunstâncias do
investigado. Da chance de o flagrar e produzir provas. Tânia diz que entende e
sinaliza com a realização do serviço.
Vanessa prepara um plano de atuação para o caso. Munida com
câmeras fotográficas e de gravações, carro, levantamento de locais possíveis a
serem frequentados pelo marido de Tânia. Espera o momento do “tiro certeiro”.
Eis que em um final de manhã, surge a oportunidade. A detetive descobre que o
marido de Tânia está em certo local, por meio de rastreamento.
A detetive vai para o local apontado pelo equipamento. Um
motel em uma região não muito distante do Centro da cidade. Ela monta campana.
E consegue as imagens. O homem a se encontrar com uma mulher, mais jovem. Fotos
de os dois a trocar carícias. Olhares, sorrisos. Dentro de um carro e depois ao
entrarem no motel.
Com o material levantado, Vanessa faz contato com Tânia.
Pede que compareça para uma reunião. Então, apresenta para a mulher as imagens.
“A cliente desmoronou. Por mais que duvidasse da traição, era dúvida. Quando se
transformou em realidade, veio a queda emocional”, pensa Vanessa ao olhá-la.
Fim de trabalho.
Passado certo tempo, Vanessa recebe uma visita inesperada. É
Tânia. Com semblante mudado em relação àquela cliente que, tempos atrás,
deixara uma reunião. A mulher, então, passa a relatar a transformação em sua
vida, que atribui a Vanessa, que muito a ajudou a esclarecer pontos de um
casamento que já tinha naufragado e ela não enxergava. Mais uma mudança, ainda
maior: Tânia estava com novo relacionamento amoroso. Desta vez com uma mulher.
Tânia explica que a desilusão com o marido passou e que
encontrou em uma mulher o novo amor. Após o agradecimento a Vanessa, a mulher
vai embora. E Vanessa fica a pensar de como é importante desenvolver um
trabalho sério e bem feito, que pode transformar a vida de uma pessoa.
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