quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Tortura do silêncio

Muita gente não imagina o quanto uma história mal resolvida pode durar e perturbar uma vida. E toda essa situação poderia ser evitada ou, pelo menos, explicada, caso houvesse a atuação de uma pessoa que soubesse apurar fatos e compor provas. Como tendo em ação um detetive particular. Senão, vejamos...

Uma vida de tortura e tensão. Desta forma se vê Isabella, adolescente de 17 anos, que mora com os pais e que, com o passar do tempo, vem a ser alvo de assédios por parte do cunhado. Fábio é casado com a irmã mais velha de Isabella, Regina. Ele tem uns 10 anos a mais que Isabella, porém não se acanha em correr com os olhos o corpo da adolescente e, por vezes, “fechá-la” quando tem a oportunidade de ficar a sós com ela.

Isabella se vê incomodada com as abordagens de Fábio, que ocorrem dentro da casa dela mesmo. Em reuniões familiares, ele fica a observar a adolescente. Quando ela se afasta dos pais, como ao ir ao banheiro, ele a segue e para diante da porta do lavabo. Estica as mãos, colocando-as nos batentes da porta e dirige o rosto em direção à Isabella, a demonstrar total intenção de arrancar um beijo dela.

Eis que o tempo passa. Isabella se acanha cada vez mais. Procura evitar as reuniões familiares e com amigos, pois Fábio está presente com frequência. Ela teme o assédio. Tem receio que sua irmã veja o marido perto dela e não entenda a situação. Isabella chega a ficar nesta situação por seis meses. Uma depressão forte a acomete. Sua mãe repara na mudança de comportamento. Procura descobrir o que ocorre, mas a moça fica calada. Tem medo de destruir o casamento de sua irmã.

Passam-se três anos e os olhares de Fábio para Isabella não cessam, apesar de ela evitar, ao máximo, o contato com ele. Isabella casa-se então. Ela imagina que seja o fim daquele pesadelo. Ledo engano. Houve uma refreada, mas o assédio continua. Mesmo com Isabella casada. Agora, com medo de atrapalhar o casamento de sua irmã e seu próprio, Isabella permanece se torturando com o silêncio.

Até que, após insistências cada vez maiores de Fábio, Isabella pede ajuda a seu pai. Faz um plano de flagrar a atitude do cunhado. O pai aceita. Faz fotos de Fábio parado em frente da porta de um banheiro, a bloquear a passagem de Isabella. A moça pensa ser o fim da tortura. Mas não. Apenas mais um capítulo.

Ao apresentar as provas – fotos – sua irmã não acredita. O cunhado reverte a história. Diz que ele era assediado. Um mal-estar cai sobre a família. Isabella em meio ao turbilhão, após 16 anos, tem o final de seu casamento. Fica sem falar com sua irmã e ainda Fábio sai ileso das investidas. Hoje Isabella reconstrói sua vida. Com o fim do casamento, fica a relembrar a tortura psicológica a que foi submetida. Tenta continuar seu dia a dia, mas ainda com o fantasma de 25 anos em sua mente.


E como seria se Isabella tivesse buscado uma ajuda externa, como a contratação de um detetive particular. Com uma apuração feita por um detetive, Isabella poderia chegar para a irmã com provas obtidas mediante uma investigação profissional, que reduziria a desconfiança da irmã com relação à denúncia. Pois para a irmã, as fotos realizadas de seu marido poderiam ter sido forjadas por Isabella, que era pessoa diretamente envolvida no caso. 

A ação do detetive seria importante também pois poderia, inclusive, verificar se o cunhado de Isabella não faria o mesmo (assédio) com outra mulheres, desta feita longe o bastante da esposa. A tortura poderia ter ocorrido, mas também revertida ao se desmascarar Fábio, o que não ocorreu completamente.

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